Em 2025, a Inteligência Artificial já é parte da engrenagem diária de qualquer projeto digital. Nesse cenário acelerado, uma pergunta se repete em muitas salas de reunião: qual metodologia adotar para entregar valor real aos usuários?
Entre as principais, estão as metodologias Agile e Lean. Embora não mutuamente excludentes, e sendo a primeira inspirada na segunda, não é raro a dúvida sobre qual delas é mais adaptada para um projeto específico.
Essa escolha não é um detalhe metodológico. Ela pode determinar o sucesso ou o fracasso de iniciativas que envolvem milhões em investimento e, mais do que isso, impactar diretamente pessoas, equipes e clientes.
Neste artigo, vamos compartilhar de forma prática os conceitos centrais dessas abordagens, como elas evoluíram com a chegada da IA e quais critérios podem ajudar você a decidir o caminho mais adequado para o seu contexto.
Agile: adaptação como motor de valor
O Agile nasceu do Manifesto Ágil, em 2001, e ainda se apoia nos mesmos valores: colaboração próxima com o cliente, flexibilidade diante de mudanças, foco em software funcionando e equipes auto-organizadas. O que mudou foi a forma de aplicar esses princípios.
Hoje, a IA está presente em cada sprint. Ferramentas já ajudam a prever riscos antes mesmo de eles aparecerem, a otimizar estimativas de esforço e até a sugerir prioridades de backlog com base em dados reais de uso. É como se a equipe tivesse um copiloto invisível apontando rotas alternativas a cada curva.
Na prática, Agile se mostrar poderoso em projetos como e-commerces, onde as necessidades mudam de uma estação para outra. Iterar rápido, testar funcionalidades de personalização e ajustar a experiência de compra com base no comportamento real dos clientes fez toda a diferença.
Quando Agile brilha:
- Requisitos mudando constantemente
- Equipes pequenas e multidisciplinares
- Feedback contínuo dos usuários
- Espaço para inovação e experimentação
Lean: eficiência como estratégia
O Lean, inspirado no Sistema Toyota de Produção, traz uma filosofia quase cirúrgica: eliminar desperdícios e focar apenas no que realmente gera valor. É mais do que um processo, é uma forma de pensar.
Com a chegada da IA, esse pensamento ganhou um turbo. Hoje, algoritmos identificam gargalos em tempo real, ajudam a validar hipóteses de mercado em dias e não meses e reduzem drasticamente tarefas repetitivas que não agregam valor.
Um exemplo prático foi o desenvolvimento de uma solução de gestão de benefícios em que aplicamos Lean: cortamos 40% do tempo de entrega porque eliminamos funcionalidades que não traziam impacto real. O resultado foi um produto mais direto, eficiente e aderente às necessidades do cliente corporativo.
Quando Lean faz mais sentido:
- Recursos limitados ou prazos curtos
- Validação de mercado rápida (MVPs, provas de conceito)
- Processos padronizáveis e mensuráveis
- Prioridade em eficiência operacional
Agile vs. Lean: qual escolher?
Se Agile é como uma lancha rápida que muda de direção com facilidade, Lean é como um trem-bala que percorre a rota com máxima eficiência. Ambos têm força, mas em contextos diferentes.
Agile funciona melhor quando:
- A inovação é prioridade
- Os requisitos são voláteis
- Há forte engajamento do cliente
Lean funciona melhor quando:
- O foco é eficiência e ROI
- O mercado exige rapidez na validação
- Processos podem ser otimizados e replicados
O futuro é híbrido!
Na prática, cada vez mais vemos organizações adotando uma abordagem combinada. Primeiro, Lean para validar hipóteses e cortar desperdícios. Depois, Agile para desenvolver e evoluir de forma iterativa.
Em um projeto de e-commerce realizado pela DBC, aplicamos exatamente esse modelo: utilizamos Lean nos dois primeiros meses para mapear jornadas e métricas, depois passamos a ciclos ágeis para evoluir o produto, e no fim retornamos ao Lean para medir impacto e otimizar. O resultado? Conversão 35% maior e redução de custos de 25%.
Conclusão
No fim das contas, a escolha entre Agile e Lean não é uma questão de moda, mas de contexto. A metodologia certa é aquela que a equipe consegue aplicar com consistência, que se conecta aos objetivos estratégicos da empresa e que entrega valor palpável ao usuário.
Com a integração da IA, essas metodologias não competem entre si e elas se complementam. O futuro aponta para modelos adaptativos, em que a própria tecnologia ajudará a indicar qual caminho seguir em cada fase do projeto.
O desafio dos líderes não é decorar frameworks, mas aprender a ler o contexto, ajustar a rota e, principalmente, cultivar times capazes de prosperar em ambientes de mudança constante.
Aqui na DBC, focamos nas metodologias que melhor entregam valor para seus projetos. Conheça nossas Soluções Digitais e siga nos acompanhando para saber mais sobre desenvolvimento e IA!